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AMORIM, Rosangela de Almeida Castro
Este estudo trata de representações sociais de enfermeiras acerca da alimentação de clientes hospitalizados em um hospital de grande porte, no município do Rio de Janeiro. A investigação, de natureza qualitativa, fundamentou-se na Teoria das Representações Sociais, de Serge Moscovici e Denise Jodelet. Para coleta de dados, além da observação do cotidiano, foram realizadas vinte e sete entrevistas semi estruturadas com enfermeiras que atuavam em Serviços de Clínica Médica, Neurologia, Ortopedia e Cirurgia Geral 1 e 2. Os achados, submetidos à análise de conteúdo, segundo a perspectiva de Bardin (1999), revelaram que, embora as representações privilegiem o reconhecimento da importância da alimentação como necessidade básica do cliente hospitalizado, o mesmo não ocorre quanto à assunção da responsabilidade direta desse atendimento. Nesse sentido ido, os resultados confirmam dificuldades com que se depara a Enfermagem Hospitalar no que concerne ao equilíbrio entre a dimensão administrativa e a do cuidado direto aos clientes. No caso em exame, a maior ambiguidade parece residir na dificuldade de compreensão dos riscos a que são expostos os clientes, quando a responsabilidade pelo cuidado com sua alimentação é transferida para terceiros, sem que se discutam os requisitos necessários para corresponder a tão importante função. O estudo leva a concluir que, independentemente de as enfermeiras terem recebido ensinamentos básicos sobre alimentação durante seu processo de formação e expressem representações que reforçam a relevância da nutrição para a assistência de qualidade, na prática, encontram dificuldades para cuidar dos clientes no que se refere aos aspectos que envolvem alimentação.
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