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Tema Oral 5

Cuidado e prevenção integrados : Acidentes de Trabalho com exposição a sangue e fluidos corporais em um Hospital Geral

Chaves, Sônia M. C. - Médico da Comissão de Saúde do Trabalhador. MS-HSE-RJ

Muller, Ana M. C. - Médico da Comissão de Saúde do Trabalhador. MS-HSE-RJ

Ferrari, Welton - Enfermeiro da Comissão de Saúde do Trabalhador. MS-HSE-RJ

Vergne, Celso Silva; Sanilde Felizardo; Santos, Flávia Ferreira dos - Membros da Comissão de Saúde do Trabalhador. MS-HSE-RJ

Menezes, Jacqueline - Médico da DIP. MS-HSE-RJ

Lauzieri, Tatiana M. - Médico residente do Serviço de Epidemiologia. MS-HSE-RJ

Salvatierra, Maria Angélica - Médica, estudante de pós-graduação em Ergonomia na PUC/RJ

Silva, Claudia Osorio da - Doutoranda em Saúde Pública na ENSP/Fiocruz, Professora na UFF; mestrando em Psicologia na PUC/RJ; aluna do Curso de Psicologia/UFF. auxiliar de enfermagem do HSE – Comissão de Saúde do Trabalhador MS - HSE - RJ

Os autores discutem uma experiência de trabalho intersetorial e interdisciplinar, desenvolvida em um hospital público no Rio de Janeiro, a fim de reduzir os riscos de acidentes com exposição de trabalhadores de saúde à sangue e fluidos corporais. O primeiro atendimento ao profissional acidentado é prestado em plantão de 24 horas, pelo Departamento de Doenças Infecto Parasitárias (DIP). A fonte de exposição sendo conhecida, uma amostra de sangue é colhida para um teste rápido, confirmado posteriormente. Caso necessário, o trabalhador de saúde recebe medicamentos e é instruído sobre procedimentos profilácticos; é referido à Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e à Comissão de Saúde do Trabalhador (CST) para acompanhamento, registro e análise do acidente e aconselhamento legal. A CST estuda as causas de cada acidente, entrevistando o trabalhador no local da ocorrência. Os três setores trabalham em conjunto para reduzir os acidentes e educar para prevenção. Foram analisados dados quantitativos relativos aos acidentes registrados de 01/01/97 a 12/31/98, considerando quando, onde, em que procedimento e com quem eles aconteceram. Os resultados orientaram uma segunda análise, qualitativa, que levou em conta o discurso do trabalhador acerca da situação geradora do acidente. Foram registrados 254 acidentes; o maior número entre auxiliares de enfermagem (29,13%), seguidos dos trabalhadores de limpeza (13,77%), médicos do staff (12,99), médicos residentes (11,02%), e enfermeiros (9,84%). Considerando a população exposta, os acidentes ocorreram predominantemente entre médicos residentes. A maioria (37,88%) poderia ter sido evitada: 11,81% aconteceram recapeando agulhas, 13,38% na manipulação de lixo, 9,44% por perfuro-cortantes inadequadamente descartados e 2,5% no desbloqueio de acesso venoso. Em mais da metade dos casos o trabalhador não usava o equipamento de proteção disponível. As causas apontadas para os acidentes referem-se, em sua maior parte, à organização do trabalho. Conclui-se que as prescrições relativas às precauções universais não são seguidas, e que o treinamento do pessoal deve ser melhorado, a partir de uma análise crítica dos métodos e conteúdos do treinamento atual. A intervenção deve compor-se da educação continuada, sempre acompanhada da reorganização do trabalho, com a participação dos trabalhadores, levando em conta a análise das causas dos acidentes. O acidente deve ser considerado como a conseqüência final de uma sucessão de eventos. Essas conclusões são provisórias, uma vez que referem-se a um trabalho permanente do conjunto de setores envolvidos; novos dados e análises poderão gerar novas conclusões.

Note que as informações aqui disponibilizadas são de caráter complementar, não substituindo, em hipótese alguma, as visitas regulares ao médico ! Evite a auto-medicação, consulte, sempre, um profissional devidamente capacitado !
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