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Goldfarb, M.; Rodriguez, R.D.; Castro, R.R.; Rocha, W.O.; Pedro, L.S.B.; Teixera,S.L.S.; Guimarães,S.J.; Lederman,R.
O comprometimento pericárdico no LES é conseqüente à atividade de doença (serosite), a uremia e a infecção. O tamponamento cardíaco é raro e está associado a aumento da mórbi-mortalidade, necessitando medidas invasivas para o seu tratamento. Normalmente responde a doses baixas de corticosteróides ou A.I.N.E.. A refratariedade ao tratamento é rara.
Relatamos o caso de gestante de 26 anos, com derrame pericárdico volumoso, sem tamponamento cardíaco concomitante a I.R.A por nefrite lúpica. O tratamento habitual e o pulso com metilprednisolona foram ineficazes. Submetida a pericardiostomia terapêutica e diagnóstica, enviando fragmentos para análise microbiológica e histopatológica, sendo negativo para germes comuns, BK e fungos; compatível com pericardite lúpica. Obteve boa resposta sem retorno do derrame pericárdico. Na 32ª semana de gestação, foi indicado parto cesáreo por insuficiência útero-placentária, sendo o recém-nato prematuro e saudável.
A nefrite e a gravidez não são descritas na literatura como fatores de agravamento de derrame pericárdico e/ou refratariedade terapêutica. Somente são descritos a piora da nefrite durante a gestação e maior incidência de pré-eclâmpsia em gestantes com nefrite.
Destacamos a pericardiostomia para o diagnóstico e tratamento das formas atípicas de derrame pericárdico no LES.
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