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Cunha, Rosamélia Queiroz da1/Morinigo, Fabio C.2
1 - Serviço de Epidemiologia do HSE - MS
2 - Serviço de Clínica Médica do HSE - MS
O H.S.E. significou um acontecimento inovador na vida médica nacional. Teve sua origem numa concepção docente assistencial. Iniciou a aplicação da mecanização das informações em um Hospital, através do sistema Hollerith, processando todas as informações produzidas. Promoveu a integração funcional do Serviço de Enfermagem, Serviço Social e Nutrição. E o início da Residência Médica, no país.
Introdutor do Centro de Estudos na estrutura hospitalar, com Biblioteca e edição de uma Revista Médica destinada a promover o desenvolvimento técnico-científico. Seu corpo profissional conta com 90% de Especialistas Titulados, 30% de Mestres, 10% de Doutores e 10% especializados no Exterior. Nestes 53 anos de existência cinco mil médicos- residentes receberam aqui sua formação especializada. Hoje executa treinamento e especialização de profissionais da saúde de todas as áreas de atuação.
O complexo hospitalar está instalado em 107.000 m 2 de área construída, com 514 leitos de internação em funcionamento, contando com Unidades Intensivas (Unidade Coronária, CTI neonatal, CTI pediátrico, CTI geral, CTI de pós-operatório de cirurgia cardíaca) e modalidades mais modernas de atenção como hospital-dia e atendimento domiciliar terapêutico. Dispõe de serviços assistenciais em todas as especialidades. Realiza procedimentos de alta complexidade e tecnologia de ponta em várias áreas. Entre os 58 Serviços do Hospital, 18 são serviços cirúrgicos. Dispõe de 186 salas de ambulatório e Centro Cirúrgico Ambulatorial com 9 salas e o Centro de Diagnóstico Ambulatorial, local de procedimentos especiais, com 15 salas.
O HSE foi pioneiro nos processos dialíticos. Aqui se instalou o primeiro Rim Artificial da América do Sul, e realizou-se o primeiro transplante renal do Brasil, bem como o primeiro transplante cardíaco do Rio de Janeiro. Realizou-se também o 1º Transplante de Medula Óssea Singênico e o 1º Transplante Autólogo de Medula Óssea, do Brasil.
Inovador no atendimento médico e na Administração Hospitalar, foi palco de grandes acontecimentos científicos e históricos. Nele internaram-se cinco Presidentes da República: José Linhares, João Café Filho, Juscelino Kubitscheck, João Goulart e João Baptista Figueiredo.
Desde a década de 80, o HSE passa por mudanças de gestão dificultando os processos administrativos e assistenciais, como a mudança de IPASE para INAMPS, depois subordinação à Secretaria de Estado de Saúde, e por fim volta, à esfera federal. Desde 1994, quando retornou à administração federal, tem sido enorme o esforço para reergue-lo, e já atingimos um bom patamar de exigências.
O tamanho e a complexidade do HSE merecem um estudo em separado. Comprovamos que esta Instituição faz jus a utilização de novos instrumentos gerenciais, criados com a reforma do Estado, viabilizando a continuidade deste Hospital, em benefício da população.
O corpo funcional e suas lideranças sugerem como medidas viáveis:
Criação em curto prazo, de Fundação de direito privado para apoio à gestão do Hospital;
Transformação da Unidade em Instituto Padrão de Gestão Hospitalar, em termos de um hospital geral de médio porte que, simultaneamente com a tarefa assistencial, mantenha e aumente sua capacidade de Centro de Formação de recursos humanos para a Saúde, de acordo com a tradição do HSE, por todos, reconhecida.
Faz-se mister novos caminhos para o HSE.
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