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Poster

Avaliação do Fluxo Sanguíneo Intra-renal em Gestantes Diabéticas

Rooij Mansur VA, Laun IC, Pinheiro MAM, Mansur J, Farias MLF

  • Hospital dos Servidores do Estado – M.S. - R.J.,
  • Hospital Universitário Clementino Fraga Filho
  • Maternidade Escola da U.F.R.J.
  • Hospital Pró-Matre
  • Previlab.

INTRODUÇÃO: Diabetes Gestacional (DG) é definido como intolerância à glicose de grau variável com início ou primeiro reconhecimento durante a gestação incidindo em 3% a 4% das gestações enquanto a intolerância gestacional à glicose (IGG) ocorre em 10% a 15%. Estas pacientes apresentam maior risco de desenvolver hipertensão arterial (HAS) durante a gestação que pode atingir a 10% dos casos. As gestantes com diagnóstico prévio de diabetes mellitus tipo I e II também correm maior risco de hipertensão arterial. Assim, é importante definir métodos que detectem precocemente as alterações do fluxo sanguíneo intra-renal envolvidas na patogênese da HAS. A avaliação do fluxo sanguíneo intra-renal pode ser feita por método não invasivo: o duplex-skan das artérias intra-renais. Este método permite o cálculo de 2 índices que auxiliam a identificação de patologias do parênquima renal envolvidas na HAS : Índice de Resistência (RI) e o Índice de Resistência Parenquimatosa (PRI).

PACIENTES: Avaliamos 17 pacientes sendo 7 com diagnóstico de DG, 8 com IGG e 2 com Diabetes Mellitus tipo II prévio, com idades entre 26 e 42 anos no período de junho de 1999 a setembro de 2001. O diagnóstico de DG/IGG baseou-se nos critérios adotados pela OMS e/ou ADA e foi realizado entre a 24ª e 28ª semanas de gestação. Excluímos pacientes com diagnóstico prévio de Diabetes Mellitus tipo I, hipertensão arterial e patologias concomitantes ou uso de medicamentos que interferem na pressão arterial. O protocolo foi aprovado pela comissão de ética e as pacientes assinaram termo de consentimento livre e esclarecido.

MÉTODOS: As pacientes realizaram duplex-skan em 2 períodos: entre a 24ª - 28ª semanas e 32ª - 36ª semanas de gestação. Foi utilizado o aparelho Acuson, modelo Aspen com transdutor linear de 7 a 10 MHz, por acesso dorso lombar com a paciente em decúbito lateral, após 6 horas de jejum. O procedimento incluiu a medida de comprimento de polo a polo dos rins com registro do fluxo sistólico máximo e da velocidade do fluxo diastólico final à direita e à esquerda. O índice de resistência renal (RI) foi calculado através da equação: [velocidade do pico sistólico – velocidade diastólica final] /velocidade do pico sistólico cujo valor da normalidade está entre 0,5 a 0,75. Calculamos também o índice de resistência parenquimatosa (PRI) pela relação diastólica/sistólica: velocidade diastólica final / pico da velocidade sistólica, cujo valor de referência é 0,2.

RESULTADOS: Observamos desenvolvimento de HAS (pressão arterial ³ 140x90mmHg) na segunda etapa de avaliação em 5 pacientes: 2DG, 1 IGG e as 2 DM T2; não encontramos diferenças nos índices do duplex-skan entre os grupos DG e IGG nos 2 tempos de avaliação; somente o Índice de Resistência Parenquimatosa (RPI) à direita aumentou significativamente quando consideramos os grupos DG+IGG e comparamos os tempos 1 e 2 ; entretanto mesmo nos casos em que foi diagnosticado HAS, os valores dos índices de RI e PRI mantiveram-se dentro da normalidade.

DISCUSSÃO: Os índices de RI e PRI são usados para avaliação da circulação intra-renal. Há poucos trabalhos utilizando esses índices em gestantes normais e hipertensas ; Sohn e cols descrevem diminuição no RI em gestantes normais e aumento em pacientes com pré-eclâmpsia. Entretanto, Sturgiss e cols não observaram alteração significativa do RI em gestantes normais . Em nosso estudo, também não observamos anormalidades nesses índices em ambos os grupos DG e IGG, embora os valores médios não excedessem os limites da normalidade.

CONCLUSÃO: O duplex-scan das artérias do parênquima renal, que avalia o fluxo sanguíneo renal, não se mostrou alterado na fase precoce de detecção de hipertensão arterial nas gestantes diabéticas estudadas.

Note que as informações aqui disponibilizadas são de caráter complementar, não substituindo, em hipótese alguma, as visitas regulares ao médico ! Evite a auto-medicação, consulte, sempre, um profissional devidamente capacitado !
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