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Rooij Mansur VA, Laun IC, Farias MLF
INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial na gravidez é a principal causa de morbidade e mortalidade materno-fetal. Pacientes com diagnóstico de Diabetes gestacional (DG), Intolerância Gestacional Glicose (IGG) e gestantes previamente diabéticas (DMII) apresentam maior risco de desenvolver hipertensão arterial durante a gestação o que pode alcançar 10% desses casos. Como o DG ocorre em 3 a 4% das gestações e a IGG em 10% e 15% é importante a detecção precoce da hipertensão arterial neste grupo de pacientes. Os critérios utilizados para o diagnóstico de hipertensão arterial na gestação são: duas medidas isoladas dos níveis tensionais superiores a 140x90mmHg ou o aumento de 30mmHg e/ou 15mmHg na pressão sistólica e diastólica respectivamente, em relação aos níveis pré gravídicos, ou mesmo pressão arterial média (PAM) acima de 90mmHg. A medida casual da pressão arterial pelo método indireto com técnica auscultatória é passível de erros diagnósticos. A MAPA é um método indireto, não invasivo, para a avaliação dos níveis tensionais sistólicos e diastólicos durante o período de 24 horas.
PACIENTES: Avaliamos 16 pacientes sendo 7 com DG, 7 com IGG e duas com DM II com idades entre 26 a 42 anos , no período de junho de 1999 a setembro de 2001. O diagnóstico de DG e IGG foi realizado entre a 24ª e 28ª semanas de gestação com base nos critérios adotados pela OMS e/ou ADA. Excluímos as pacientes com diagnóstico prévio de Diabetes Mellitus tipo I, hipertensão arterial, patologia concomitante ou uso de medicamentos que interferem na pressão arterial. O protocolo foi aprovado por uma comissão de ética e as pacientes assinaram um consentimento livre e esclarecido.
MÉTODOS: Medimos a pressão arterial de acordo com as recomendações da OMS (com o paciente sentado após 5 min de descanso, utilizando-se um manômetro de mercúrio de método auscultatório usando as fases I e V dos sons de Korotkoff). Realizamos a MAPA com o monitor Tycos Quiet Track de método auscultatório, que registra os sons de Korotkoff validado pela AAMI e BHS. As medidas dos níveis tensionais foram registradas a cada 10-15 minutos na vigília e de 20 a 30 minutos durante o sono. Analisamos os seguintes parâmetros: 1) Na vigília e no sono as médias dos níveis tensionais sistólicos e diastólicos e cargas pressóricas sistólicas e diastólicas; 2) descenso noturno (DN) 3) pressão arterial média (PAM). Os resultados foram interpretados conforme o II Consenso Brasileiro para utilização da MAPA.
RESULTADOS:
CONCLUSÃO: A MAPA foi capaz e detectar elevação dos valores médios dos níveis tensionais sistólicos e diastólicos, na vigília e no sono, entre os tempos 24-28 e 32-36 semanas de gestação. A MAPA permitiu o diagnóstico de hipertensão arterial em 4 pacientes numa fase em que os métodos tradicionais de aferição da pressão arterial deixavam dúvidas.
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