Você está em: Home >>>> Profissionais de Saúde >>>> Revista Médica >>>> Volume 36 - Número 4 >>>> Tema Oral 5 - Desestruturação Familiar Em Menores Institucionalizados
Vieira, B.A. - Faculdade de Medicina da Universidade Estácio de Sá.
Prado, C.S. - Faculdade de Medicina da Universidade Estácio de Sá.
Bortoleto, C.B. - Faculdade de Medicina da Universidade Estácio de Sá.
Moura, O.L. - Faculdade de Medicina da Universidade Estácio de Sá.
Loyola, L.J. - Faculdade de Medicina da Universidade Estácio de Sá.
Vieira, R.D. - Faculdade de Medicina da Universidade Estácio de Sá.
Levy, M. - Faculdade de Medicina da Universidade Estácio de Sá.
O abandono infantil constitui-se causa mais grave que o mau-trato físico, todavia mais subjetiva. Seus efeitos marcam o futuro, deformando a personalidade, limitando o desenvolvimento, a integração social e a vida adulta. O objetivo deste trabalho é pesquisar junto a menores abandonados, institucionalizados, a desestruturação familiar e suas conseqüências sobre a qualidade de vida desses meninos.
O trabalho foi realizado na Fundação São Martinho, unidade Casa São Pedro (Rio de Janeiro). De agosto a novembro de 2001, residiam na casa 20 meninos, dos quais 55% tinham de 7 a 10 anos, 40% de 11 a 14 anos e 5% 17 anos.
O grupo era composto de seis acadêmicos de Medicina do 9° período da Universidade Estácio de Sá, subdivididos em duplas. A metodologia utilizada foi observação participante. Cada visita teve duração de 4 horas, uma vez por semana, durante três meses.
Foram priorizados quatro aspectos: O que significa família para você? Você teve e/ou tem família? Você objetiva constituir família no futuro? Você considera este grupo com quem convive como família? Dos pesquisados 90% considera já ter tido família e 95% objetiva constituir família no futuro. 100% apresentam atraso escolar, sensação de abandono, perda, carência e desestruturação familiar.
Foi observada agressividade em 21 %, falta de concentração em 37%, e medo em 15%. Para quase todos os meninos, a Casa São Pedro não representa a família, uma vez que para eles o conceito de família é pai, mãe e irmãos que se gostam. Isto sugere que o conceito de família permanece o mesmo, independente do contexto estudado.
A vida na instituição parece não invalidar a família como valor social: a maioria ao falar do futuro imagina conseguir trabalho, ter casa e constituir família. De acordo com a opinião do grupo, resolvida a questão sócio-econômica subjacente ao processo de abandono, restarão ainda os problemas relativos à dinâmica doméstica, especialmente os que envolvem abuso e violência. .
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