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O Brasil era conhecido como país de jovens e hoje começa a ser preocupante o envelhecimento populacional. Esta mudança de perfil faz com que se pense na importância do atendimento dessa população em suas necessidades básicas de saúde.
No censo de 2000 constatou-se a existência de 8,5% de pessoas acima de 60 anos, na população brasileira. No Estado do Rio de Janeiro esta proporção é de 10,3% e no Município do Rio de Janeiro 12,8%. O aumento da expectativa de vida atual, próxima dos 70 anos, a evidência do aumento da longevidade e da diminuição da fecundidade, permite uma estimativa de que em 25 anos tenhamos cerca de 15% da população brasileira na terceira idade. Esta mudança leva-nos a concluir que haverá alteração na incidência e na prevalência das doenças crônicas não transmissíveis.
Um estudo realizado no Serviço de Clínica Médica do H.S.E. mostrou, durante o ano de 2001, que as internações correspondiam a 41,2 % de pacientes acima de 60 anos, com predominância de patologias crônicas. Nesse estudo não foram incluídos os pacientes renais, cardíacos e neurológicos por pertencerem a outros Serviços do H.S.E., no entanto suas características não deverão ser diferentes.
Cabe considerar a necessidade de se agilizar os recursos de assistência para diminuir o tempo de permanência hospitalar, e incrementar a deshospitalização. Também se deve pensar na necessidade de desenvolver as atividades lúdicas e recreativas para que, se sentindo mais bem dispostos, possam freqüentar os ambulatórios com menos queixas próprias de quem está sem atenção.
Trata-se de medidas de humanização qualificando melhor o atendimento ambulatorial e resgatando a dignidade do ser humano. Muito já se faz no H.S.E., porém ainda está longe de atender as reais necessidades da demanda da terceira idade.
Fábio C. Morínigo
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