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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO 44 - Editorial

VIOLÊNCIA COMO UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA

    Violência segundo a Organização Mundial da Saúde (O.M.S.) é definida como "uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação" (O.M.S., 2002).

    Nessa definição fica clara a diferença entre acidente e violência; esta implica em intencionalidade, mesmo que não percebida pelo perpetrador da violência.

    A partir da década de oitenta os atendimentos pelo setor saúde de casos de violência chamaram a atenção pelo aumento e gravidade cada vez maior, sendo apontado como um problema de saúde pública a ser estudado e prevenido. A percepção de que a violência pode ser prevenida ou seus impactos reduzidos vem sendo estudada e discutida desde essa época.

    Hoje a violência representa um problema de saúde pública devido sua magnitude e transcendência, com grande impacto na morbimortalidade das populações, e também pela premissa de existirem métodos para a sua prevenção e controle. Em 2002, no documento da O.M.S. intitulado "Violência - um problema global de saúde pública" são abordados vários aspectos relacionados ao assunto como violência na juventude, suicídio, violência contra criança e adolescente etc.

    Em 2001, o Ministério da Saúde lançou a Política de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências (Portaria M.S./G.M. nº 737 de 16/05/2001) com a finalidade de motivar políticas públicas para a reduç&atuilde;o das causas externas.

    Em relação ao aspecto econômico, sem dúvida é imensurável o custo da violência, pois no Brasil incide sobre uma população jovem (1ª causa de morte de 4 a 49 anos), retirando os indivíduos da família, da força de trabalho, trazendo graves prejuízos à nação.

    Outro aspecto a ser abordado diz respeito à violência doméstica que, por se tratar de um agravo invisível, devido seu caráter privado e muitas vezes camuflado pela legitimidade da família, passa muitas vezes despercebida. Por esta razão somente os casos mais graves acabam sendo detectados através dos sistemas de informação do país, sendo o Sistema de Internaç&atuilde;o Hospitalar (S.I.H.) e o Sistema Nacional de Mortalidade (SIM) os mais utilizados para essa análise.

    Em 2006, foi criada na estrutura do Ministério da Saúde a Vigilância da Violência e Acidentes (VIVA), em que os casos de violência sexual, doméstica contra criança, adolescente, mulher e idoso, e também autoinflingida devem ser notificados através da ficha de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).

    Os profissionais de saúde têm papel fundamental tanto no atendimento adequado como na notificação e encaminhamentos necessários a cada caso. O conhecimento da rede de atendimento e protocolos a serem implementados devem ser amplamente divulgados e de conhecimento de todos os envolvidos, para que os cuidados que o caso exige sejam aplicados criteriosamente.

    Os profissionais de saúde devem estar atentos aos sinais de suspeita de violência, discutindo o caso com a equipe multidisciplinar. Se existir de fato uma suspeita, o caso deve ser notificado através da ficha de violência que se encontra no Serviço de Epidemiologia (ramais 3235/3427). No caso de crianças e adolescentes, uma cópia deverá ser encaminhada ao Conselho Tutelar.

    Dessa forma pode-se contribuir para a construção de políticas públicas adequadas e assim prevenir a violência doméstica.

 

MISSÃO DO SERVIÇO DE EPIDEMIOLOGIA
Contribuir para prevenção e controle das doenças, formação de recursos humanos em saúde e avaliação da qualidade da assistência prestada no H.F.S.E.

VISÃO DE FUTURO
Tornar-se um centro de pesquisa, ensino e avaliação de serviços de saúde.

PRINCÍPIOS
Ética, Transparência, Eficiência, Solidariedade, Probidade e Trabalho em Equipe.