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Poster 27

Otite Externa Maligna: Infecção "Quase Específica" de Diabetes, com Necrose Total do Pavilhão Auricular

Búrigo, C. - Serviço de Clínica Médica - Setores de Endocrinologia e Metabologia do Hospital dos Servidores do Estado ( H.S.E.) - R.J. - M.S.

Costa Pereira, R. M. - Serviço de Clínica Médica - Setores de Endocrinologia e Metabologia do Hospital dos Servidores do Estado ( H.S.E.) - R.J. - M.S.

Klechowicz, V. - Serviço de Clínica Médica - Setores de Endocrinologia e Metabologia do Hospital dos Servidores do Estado ( H.S.E.) - R.J. - M.S.

Rubatino Jr., A. C. - Serviço de Clínica Médica - Setores de Endocrinologia e Metabologia do Hospital dos Servidores do Estado ( H.S.E.) - R.J. - M.S.

Pecly Tavares, A. - Serviço de Clínica Médica - Setores de Endocrinologia e Metabologia do Hospital dos Servidores do Estado ( H.S.E.) - R.J. - M.S.

Benchimol, I. - Serviço de Clínica Médica - Setores de Endocrinologia e Metabologia do Hospital dos Servidores do Estado ( H.S.E.) - R.J. - M.S.

Rodrigues, E. M. - Serviço de Clínica Médica - Setores de Endocrinologia e Metabologia do Hospital dos Servidores do Estado ( H.S.E.) - R.J. - M.S.

Laun, I. C. - Serviço de Clínica Médica - Setores de Endocrinologia e Metabologia do Hospital dos Servidores do Estado ( H.S.E.) - R.J. - M.S.

Otite externa maligna, infecção invasiva do conduto auditivo externo e da base do crânio, é considerada complicação infecciosa "quase específica" do diabetes em pacientes imuno-comprometidos, pelo mal controle metabólico e/ou, por idade avançada.

Tem na Pseudomonas aeruginosa o agente infeccioso responsável em 95% dos casos. O tempo de evolução do diabetes, a presença de complicações micro e macrovasculares e o conseqüente comprometimento vascular contribuem para a maior freqüência e severidade da infecção.

Apresentamos o caso de paciente de 42 anos de idade, masculino, negro, diabético" desde os 29 anos, com tratamento irregular do diabetes (hipoglicemiantes orais e posteriormente insulina) e passado de internação hospitalar há 2 anos por piomiosite tropical bilateral (região glútea) e múltiplos abscessos na região escapular direita.

Em dezembro de 2001 apresentou abscesso retroauricular esquerdo, que progrediu para o pavilhão auricular homolateral. Foi internado no HSE em 28.12.01 por hematêmese (úlcera gigante em antro- A 1Sakita), com resolução satisfatória.

Apresentava paralisia dos VII, IX, X e XI pares cranianos à esquerda, com distúrbio de fonação e deglutição. O exame de fundo de olho não evidenciou retinopatia diabética. Foi realizado desbridamento cirúrgico (com amputação) do pavilhão auricular: a cultura do material foi positiva para Pseudomonas Aeruginosa.

Culturas posteriores foram positivas para Staphylococcus aureus e Candida SP. TC de mastóides revelou ocupação ampla do conduto auditivo externo, caixa timpânica, antro e maioria das células da mastóide por material com densidade de partes moles.

Medicado inicialmente com amicacina, cefipima e metronidazol e, posteriormente, com imipenem, aztreonam, teicoplanina e fluconazol. Em 14.01.01 foi submetido a jejunostomia, por apresentar náuseas, vômitos, dificuldade de deglutição e risco de broncoaspiração. Em 07.02.02 foi realizada a gastrostomia.

Após controle da infecção, duas tentativas de enxerto de pavilhão auricular pela Cirurgia Plástica não tiveram sucesso. O paciente evoluiu com mau estado geral, quadro de hiponatremia não bem esclarecido, que só cedeu com introdução de terapêutica substitutiva adrenocortical e, ainda internado, teve morte súbita em junho de 2002, após 6 meses de internado.

Note que as informações aqui disponibilizadas são de caráter complementar, não substituindo, em hipótese alguma, as visitas regulares ao médico ! Evite a auto-medicação, consulte, sempre, um profissional devidamente capacitado !
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