Você está em: Home >>>> Profissionais de Saúde >>>> Revista Médica >>>> Volume 36 - Número 4 >>>> Poster 28 - Hepatite Tóxica por Propiltiouracil Durante Tratamento de Hipertireoidismo
Sousa, P. R. - Serviço de Clínica Médica - Setores de Endocrinologia e Metabologia do Hospital dos Servidores do Estado ( H.S.E.) - R.J. - M.S.
Zylberberg, D. - Serviço de Clínica Médica - Setores de Endocrinologia e Metabologia do Hospital dos Servidores do Estado ( H.S.E.) - R.J. - M.S.
Reis, S. - Serviço de Clínica Médica - Setores de Endocrinologia e Metabologia do Hospital dos Servidores do Estado ( H.S.E.) - R.J. - M.S.
Perigault, M. C. - Serviço de Clínica Médica - Setores de Endocrinologia e Metabologia do Hospital dos Servidores do Estado ( H.S.E.) - R.J. - M.S.
Nabuco, L. C. - Serviço de Clínica Médica - Setores de Endocrinologia e Metabologia do Hospital dos Servidores do Estado ( H.S.E.) - R.J. - M.S.
Laun, I. C. - Serviço de Clínica Médica - Setores de Endocrinologia e Metabologia do Hospital dos Servidores do Estado ( H.S.E.) - R.J. - M.S.
Propiltiouracil (PTV) é uma droga freqüentemente utilizada no tratamento do hipertireoidismo. A hepatotoxicidade encontra-se entre os efeitos colaterais mais graves associados ao seu uso. As lesões hepáticas relatadas na literatura tomaram-se clinicamente evidentes através do surgimento de icterícia e foram, na maioria das vezes, histologicamente severas.
Relatamos o caso de paciente do sexo feminino, branca, 35 anos, portadora de hipertireoidismo há 2 anos e 5 meses, em uso de PTV 400 mg/dia há 1 ano. Seis meses após o início do tratamento apresentou icterícia, astenia, náuseas, artralgia, hipocolia fecal, colúria, epistaxe e gengivorragia.
Negava o uso de outros medicamentos, álcool ou situações de risco para hepatite. TGO = 1730 VII, TGP = 2110 VII, FA = 566 VII, BT =10,4 mg/dl, BD = 5,3 mg/dl, TAP = 63%, INR = 1,4 ; sorologias para hepatites virais negativas. VS abdominal: lobo D 5,8x1,7x1,5 cm; lobo E de 6,2x2,3x1,5cm; ambos com textura heterogênea e peri- feria hipoecogênica. PTV foi suspenso pela reconhecida potencialidade hepatotóxica.i.
Iniciou-se propranolol para controle das manifestações clínicas do hipertireoidismo. Houve redução dos níveis de transaminases (TGO 325 VII; TGP 340 VII) e na atividade de protrombina (TAP 32%). Cerca de 3 meses após a suspensão da medicação houve melhora clínica e laboratorial. O hipertireoidismo foi. tratado com radioiodo.
A fisiopatologia da lesão hepática provocada pelo PTV é controversa. Para alguns autores o efeito tóxico é dosedependente e para outros se trata de reação imunológica desencadeada por linfócitos sensibilizados pelo medicamento. O caso citado exemplifica um quadro de hepatite aguda por PTV pouco comum na prática clínica.
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