Você está em: Home >>>> Profissionais de Saúde >>>> Revista Médica >>>> Número 35 - Volumes 3 e 4 >>>> Tema Oral - Perfil clínico-epidemiológico da endocardite infecciosa
Penna, MG, Escosteguy, CC;
Filgueiras, CL, Paschoal, A, Carvalho, H;
Roitman, I, Meurer, ML, Mansur, E.
Foi estudada uma coorte de 68 casos consecutivos tratados cirurgicamente no H.S.E., de 1983 a 1997, sendo 66,7% homens e 33,3% mulheres, com idade média=30,5±12,6 anos. A doença de base mais comum foi a reumática (39,7%); 32,4% dos casos não apresentavam doença cardíaca prévia.
A porta de entrada era desconhecida em 50% dos casos. Sopro foi descrito em 100% dos casos; febre 98,5%; insuficiência cardíaca 97,1%; esplenomegalia 45,6%; hepatomegalia 30,9%; sintomas neurológicos 26,5%; petéquias 20,6%; aneurisma micótico 19,1%; anemia 16,2%; fenômenos embólicos 14,7%; sépsis persistente 7,9%. 89,7% dos casos estavam em classe IV (NYHA).
O ecocardiograma mostrou vegetação mitral em 51,5%; aórtica 47,1%; tricúspide 10,3%. A hemocultura foi positiva em 36,8% dos casos; somando-se o resultado da cultura de valva, o agente foi identificado em 44% dos casos, sendo o S.aureus o mais comum (33,3%). 29,4% foram submetidos à troca valvular mitral isolada; 29,4% a dupla troca mitro-aórtica; 26,5% a troca aórtica isolada; 1,5% a dupla troca aórtica - tricúspide; 5,9% a valvulectomia.
A mortalidade em 30 dias foi de 23,5%, com um óbito trans-operatório. Neste período, 94% dos sobreviventes mantiveram-se em classe I e 6% em classe II, sendo que a melhora da classe funcional pós-cirurgia foi significativa (p= 0,00000). Este resultado é comparável ao de outros estudos, ressaltando-se a evolução favorável em 30 dias.
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