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Poster 12

Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT) no Diagnóstico Diferencial das Desordens Neurológicas em Pacientes com Aids

Passoni, Luiz fernando C. - Serviço de Doenças Infecto-Parasitárias (DIP do Hospital dos Servidores do Estado ( H.S.E.) - R.J. - M.S.

Ribeiro, Sayonara R. - Serviço de Doenças Infecto-Parasitárias (DIP do Hospital dos Servidores do Estado ( H.S.E.) - R.J. - M.S.

A PTT é uma microangiopatia trombótica, freqüentemente fatal quando o diagnóstico não é feito precocemente e uma terapêutica adequada não instituída rapidamente.

Descrevemos um caso de uma mulher de 24 anos, com Aids (CD4=2 células/mm3), admitida com febre e distúrbios cognitivos, que alternava apatia com agitação e desorientação, sem deficits neurológicos focais ou rigidez de nuca. Os exames laboratoriais mostravam Hg= 10,5g/dl, leucócitos=4.400/mm3, plaquetas=113.000/mm3 e creatinina=O,5mg/dl. A paciente recebeu terapia empírica para neurotoxoplasmose e criptococose. No 7° dia de internação houve piora clínica e laboratorial: Hg=5,9g/ dI, leucócitos= 13.1 OO/mm3, plaquetas=69 .OOO/mm3, creatinina=4,3mg/dl, LDH=4368 V/I e biliuubina=2,8 mg/dl (indireta=2 mg/dl), com Coombs direto e indireto negativos e TAP e PTT normais. Vm esfregaço de sangue periférico foi compatível com anemia microangiopática.

o diagnóstico de PTT, foi iniciada a infusão de plasma (30ml/kg/dia), associada com corticoterapia. Antibióticos foram prescritos para tratamento de bacteremia por Klebsiella pneumoniae e o esquema antiretroviral incluiu estavudina, lamivudina e efavirenz.

A paciente evoluiu com melhora clínica e laboratorial, com aumento progressivo dos níveis hematimétricos e do número de plaquetas e redução da LDH. Este caso, além de enfatizar a importância do estudo do esfregaço de sangue periférico nos pacientes com plaquetopenia, alerta para a necessidade de se incluir PTT no diagnóstico diferencial dos quadros neurológicos em pacientes com infecção pelo HIV.

Note que as informações aqui disponibilizadas são de caráter complementar, não substituindo, em hipótese alguma, as visitas regulares ao médico ! Evite a auto-medicação, consulte, sempre, um profissional devidamente capacitado !
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