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Embora a vigilância epidemiológica (VE) seja uma das mais antigas atividades de monitoramento em saúde, a participação ativa dos hospitais nesse processo é mais recente. Uma das experiências de epidemiologia hospitalar pioneiras no Brasil é a Serviço de Epidemiologia/HSE, que integra ações de VE, educação continuada, residência médica, graduação médica, pesquisa clínico-epidemiológica e epidemiologia aplicada à avaliação dos serviços. Suas atividades iniciaram-se em 1986, enquanto setor; em 12/05/1988 foi criada a estrutura administrativa de serviço segundo a resolução INAMPS no 186, sendo o primeiro serviço de epidemiologia hospitalar da rede do então INAMPS. Essa experiência serviu de base para a criação dos núcleos de VE dos hospitais municipais do Rio de Janeiro e, mais recentemente, contribuiu para o projeto dos núcleos de vigilância dos hospitais estaduais do estado.
No momento que o Ministério da Saúde implementa o Subsistema nacional de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar (portaria nº 2.529/GM de 23/11/2004), o HSE já conta com uma estrutura ativa de vigilância epidemiológica que acumula uma experiência de quase 20 anos de existência.
Desde a sua criação, o serviço integra a rede nacional de VE, como unidade hospitalar que interage com as várias instâncias do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE). São seguidos os fluxos e normas do Ministério da Saúde, com as especificidades definidas pelas Secretarias de Estado e Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. O serviço é responsável pelo monitoramento dos agravos de notificação compulsória no HSE, interagindo com outras comissões hospitalares de vigilância à saúde, como a CCIH, a Comissão de Revisão de Óbitos, a Gerência de Risco e Saúde do Trabalhador.
A integração dos vários níveis da VE agiliza as atividades clássicas de controle das doenças e também fornece instrumentos de avaliação da qualidade dos serviços, contribuindo assim para a sua melhoria. A VE operante no nível hospitalar é capaz de gerar e retro-alimentar a unidade com indicadores da qualidade da assistência. Alguns exemplos de indicadores gerados sistematicamente a partir do SINAN que são usados localmente para monitorar a qualidade da assistência a alguns agravos são: proporção de casos de meningite de etiologia não especificada; proporção de casos de tuberculose tratados empiricamente; proporção de baciloscopia de escarro positiva nas formas pulmonares da tuberculose; oferecimento de sorologia anti-HIV aos casos de tuberculose.
De 1990 a 2004 foram notificados 22.833 casos de doenças de notificação compulsória (DNC) no HSE. O gráfico abaixo ilustra a distribuição das mais freqüentes, ressaltando-se o impacto das epidemias de dengue. Excluindo-se dengue, os agravos mais comuns são tuberculose, hepatites e HIV/Aids. Toda a base de dados de notificação está informatizada; trimestralmente é divulgado um consolidado dos agravos notificados segundo sexo e faixa etária e semestralmente o Boletim Epidemiológico eletrônico pela homepage da instituição. Mais de 90% das notificações são obtidas através da busca ativa.
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