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Almeida, R.L.V. de; Bahiense, A.L.M.; Escosteguy, C.C.
Introdução: Este trabalho visa sensibilizar e mobilizar os profissionais do HSE para a importância da notificação da tuberculose (TB), pois a partir dela se desencadeiam medidas de controle e ações que levam ao aprimoramento no atendimento ao usuário infectado visando, portanto, contribuir para o controle da TB no hospital e na comunidade
A Organização Mundial da Saúde (OMS) propõe que medidas de controle da transmissão de TB sejam adotadas em unidades de saúde, cujo ambiente proporciona elevado risco de transmissão do M. tuberculosis do paciente infectado para outros pacientes ou profissionais de saúde.
Material e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, que busca um perfil inicial do atendimento por TB no HSE. Foram avaliados documentos e rotinas do Serviço de Epidemiologia e do Programa de Controle da Tuberculose Hospitalar (PCTH) e analisados os dados do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), correspondentes ao período de janeiro/1995 a junho/2006, através do programa EpiInfo 6.04.
Resultados e discussão: Em 21/08/1998, através da Portaria HSE nº 98-12-DIVMEDPORT 01E00, foi criada a Comissão de Controle da Tuberculose Hospitalar no HSE, com a parceria de diversos serviços do hospital, tendo como objetivo promover atividades de controle da doença, no sentido de evitar a disseminação intra-hospitalar, garantir a adesão ao tratamento e contribuir para a prevenção do surgimento de casos multi-droga resistentes (MDR). Em 2000, a Comissão propôs transformar-se em Programa de Controle da Tuberculose Hospitalar (PCTH), com uma equipe fixa de médicos e enfermagem e, uma equipe de suporte composta pelos Serviços, DIP, Bacteriologia, Farmácia, Epidemiologia, , Saúde do Trabalhador, CCIH e Engenharia.
Em 2000 foram detectados inúmeros eventos-sentinela no controle da TB no HSE, que passavam desde a sub-notificação dos casos suspeitos e preenchimento incompleto das fichas de notificação, até problemas envolvendo o diagnóstico (por exemplo, 25% dos casos sem realização de baciloscopia e insuficiência de PPD), fluxo de medicações e problemas de biossegurança.
O gráfico 1 mostra a evolução temporal do número de casos suspeitos atendidos e notificados no HSE.
Ressalta-se que alguns indicadores têm melhorado: houve redução na proporção de formas pulmonares sem realização de BAAR de escarro, aumento na proporção de confirmação laboratorial e melhora da informação sobre o desfecho dos casos. O fluxo de informações melhorou, mas ainda há preenchimento incompleto e/ou incorreto das fichas de notificação e sub-notificação dos casos suspeitos. O número elevado de casos de TB descobertos apenas por busca ativa na Bacteriologia e Farmácia, algumas vezes sem identificação adequada do paciente, ainda dificulta o acompanhamento, tanto clínico como epidemiológico.
Outros problemas atuais estão relacionados à biossegurança: é necessário adequar área física para instituição de isolamento respiratório, organizar o fluxo de distribuição e controle das máscaras N95 e educar os profissionais para o seu uso responsável. É relevante disponibilizar um enfermeiro para coordenação específica da equipe de enfermagem do PCTH.
É necessário implementar mecanismos para melhorar o diagnóstico e acompanhamento dos casos, ações para estimular a notificação espontânea, a biossegurança e o trabalho em equipe
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