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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO 50 - Editorial

Influenza

    A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, de elevada transmissibilidade, distribuição global e tendência a epidemias sazonais, relacionada a variações antigênicas cíclicas. Ocorre durante todo o ano, com maior frequência no outono e inverno; a transmissão ocorre por meio de secreções respiratórias de pessoas infectadas a outra pessoa (ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos). A transmissibilidade em adultos ocorre principalmente 24 horas antes do início dos sintomas e até três dias após o final da febre; em crianças pode durar dez dias.

    Em 2015, no Brasil, foram notificados 14.432 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), sendo 11.945 com classificação final. Destes, 1.089 (9,1%) foram classificados como relacionados ao vírus influenza. Dos casos de influenza, 599 (55,0%) eram influenza A(H3N2), 234 (21,5%) influenza B, 141 (12,9%) A(H1N1)pdm09 e 115 (10,6%) influenza A não subtipada.

    Para o correto manejo clínico da influenza, é preciso considerar os casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG). A definição de SG envolve todo indivíduo que apresente febre de início súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta e pelo menos um dos seguintes sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia, na ausência de outro diagnóstico específico.

    A definição de SRAG envolve indivíduo de qualquer idade, com SG, que apresente dispneia ou algum dos seguintes sinais de gravidade: saturação de O2 < 95% em ar ambiente; desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória; piora nas condições clínicas de doença de base; hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente.

    São considerados grupos de maior risco de morbimortalidade: gestantes e puérperas até 2 semanas após parto; adultos = 60 anos; crianças < 5 anos (principalmente = 2 anos); população indígena; pneumopatias (incluindo asma); cardiopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica); nefropatias; hepatopatias; doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme); distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus); transtornos neurológicos e do desenvolvimento que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração; imunossupressão (medicamentos, neoplasias, HIV/aids); obesidade; tuberculose.

    A vigilância epidemiológica da SG é realizada em unidades sentinela. Já a vigilância da SRAG é universal, e todo caso suspeito deve ser imediatamente notificado. Após a suspeita clínica de SRAG, o tratamento com oseltamivir deve ser iniciado imediatamente; a coleta de amostras (swab) de secreções respiratórias para diagnóstico laboratorial, preferencialmente antes do início do tratamento, é importante. Com relação às medidas de biossegurança, além das precauções padrão, são recomendadas as precauções para gotículas, para pacientes com suspeita/confirmação de infecção por influenza. No caso de procedimentos que gerem aerossóis (intubação, aspiração, nebulização), recomenda-se o uso de máscara respirador tipo N95 pelo profissional de saúde.

    Referências:

    Brasil, 2015. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde Protocolo de Tratamento de Influenza 2015.
    Brasil, 2015. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
    Boletim Epidemiológico Influenza: Monitoramento até a SE 52 de 2015.

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Contribuir para prevenção e controle das doenças, formação de recursos humanos em saúde e avaliação da qualidade da assistência prestada no H.F.S.E..

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Tornar-se um centro de pesquisa, ensino e avaliação de serviços de saúde.

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Ética, Transparência, Eficiência, Solidariedade, Probidade e Trabalho em Equipe.