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O Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital dos Servidores do Estado(HSE) é o único do gênero em hospital geral não universitário na cidade do Rio de Janeiro: começou a funcionar em junho de 1986. O Hospital dos Servidores do Estado, originalmente idealizado para ser uma unidade de assistência sofisticada aos servidores federais civis e seus familiares (daí seu nome), foi fundado em 1947. No início da década de 1980 foi agregado ao antigo sistema de seguridade social e saúde (INAMPS), e agora está aberto a toda a população. O HSE é administrado pelo Ministério da Saúde desde 1994.
Muito antes do serviço de Doenças Infecciosas existir oficialmente, um jovem clínico entusiasta carregava geração após geração de médicos residentes por todo o HSE e ao Hospital Estadual São Sebastião (atual Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião) ensinando-lhes a reconhecer e tratar casos de febre tifóide, meningites, endocardites, febre macular brasileira, septicemia estafilocócica, estrongiloidíase disseminada, paracoccidioidomicose, criptococose ou leptospirose, entre outras. Seu nome,Adrelírio José Rios Gonçalves , é conhecido em todo o Brasil. Dele os residentes ouviam nomes bizarros e exóticos como: melioidose, tularemia, esparganose, bartonelose. Falava-lhes de grandes nomes da medicina do passado como Charcot, William Osler e Louis Landouzy. Adrelírio Rios, como é mais conhecido, foi um dos primeiros infectologistas a descrever casos de SIDA(AIDS) em nosso meio e vislumbrou muito antes de qualquer um de nós as proporções catastróficas que a epidemia iria assumir. Também chamou a atenção para a importância das formas respiratórias da leptospirose e previu o aumento de sua gravidade na medida em que a região metropolitana do Rio se tornasse uma área endêmica mais antiga. Publicou centenas de artigos em revistas médicas brasileiras e ensinou a mais estudantes que muitos professores universitários. Em junho de 1986, Adrelírio Rios foi finalmente agraciado com sua própria enfermaria com três quartos e seis leitos. Abandonou o Serviço Público em 1991, deprimido pela crise que ameaçava acabar com ambos os hospitais nos quais ele trabalhara por mais de 30 anos. Mesmo aposentado, continuou frequentando as reuniões do Hospital e do seu Serviço: era chamado a dar parecer em pacientes de todo o HSE e de outros hospitais públicos e privados. Faleceu prematuramente, aos 66 anos de idade, dia 09 de julho de 2000, deixando para sempre sua marca na História da medicina brasileira.
No início de 1989, o Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias (mais conhecido pela sigla DIP) aumentara o número de leitos para 22, com um programa de residência médica de dois anos, iniciado em 87. Quando o Governo Federal repassou o gigantesco HSE, com seus 750 leitos, ao Governo do Estado do Rio de Janeiro - de 1990 até o início de 1994, o HSE foi varrido por uma das maiores crises no sistema local de saúde, ficando reduzido a menos de 50 leitos e sendo praticamente fechado em dezembro 92. Faltavam desde filmes de Rx até antibióticos.
Na época, a equipe do DIP, para sobreviver, resolveu concentrar-se no atendimento de pacientes infectados pelo HIV uma vez que o Programa Nacional de DST/AIDS do Ministério da Saúde garantia as medicações básicas para estes pacientes. Em agosto de 1993, o primeiro Hospital-Dia da cidade do Rio de Janeiro para o diagnóstico e tratamento de pacientes infectados pelo HIV, foi colocado em funcionamento, o que mais que triplicou a capacidade de atendimento do Serviço e aumentou a sua qualidade. Em meados de 1995, com a ajuda inicial do governo francês e o patrocínio do Ministério da Saúde foi iniciado o atendimento domiciliar aos pacientes com AIDS. Também em 1995, um projeto multi-institucional para a prevenção da transmissão vertical do HIV foi iniciado em colaboração com outras Instituições. O DIP/HSE, em conjunto com os Serviços de Pediatria e a Unidade Materno-Infantil, presta hoje atendimento a duas maternidades vizinhas, oferecendo o teste de HIV às gestantes e treinando obstetras e ginecologistas para proceder ao aconselhamento pré e pós-teste. As gestantes soro-positivas são acompanhadas e tratadas e após o parto tanto as mães como seus filhos são acompanhados e tratados.
Atualmente o Serviço de DIP, que não mais precisa se restringir ao atendimento de AIDS, dispõe de uma unidade de pacientes internados com dez leitos em quartos individuais, de um hospital-dia com 8 leitos prestando assistência integral e de um programa de atendimento domiciliar terapêutico com capacidade de acompanhamento de seis leitos domiciliares além de um ambulatório médico e de enfermagem funcionando com quatro salas em dois turnos. A equipe conta ainda com uma assistente social e uma psicóloga.
O programa de residência médica inclui treinamento em doenças tropicais na região amazônica brasileira. O programa de residência em enfermagem está em curso desde 1996.
Nossa equipe é reduzida, contando com apenas 13 médicos, 13 enfermeiras, 20 auxiliares de enfermagem, uma assistente social e uma psicóloga voluntária além de dois agentes administrativos para lidar com a crescente demanda assistencial e educativa em doenças infecciosas.
Estamos envolvidos em projetos de pesquisa em colaboração com outras instituições nacionais e internacionais.
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