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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO 36 - Editorial

Influenza A (H1N1) - Novos desafios para a Vigilância Epidemiológica e Biossegurança Hospitalar

Um novo vírus influenza que infecta seres humanos surgiu e foi notificado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em abril deste ano. Esse vírus espalhou-se rapidamente, desde seu epicentro, aparentemente o México. A OMS, em reuniões sucessivas, elevou o nível de alerta de pandemia de 3 para 4, e em 29 de abril, de 4 para 5. Esse nível de alerta significa pandemia iminente, e é uma senha para que os planos de contingência para prevenção sejam imediatamente implementados.

A transmissão do vírus parece ocorrer da mesma forma que ocorre a transmissão do vírus influenza sazonal, através de gotículas das secreções de pacientes infectados. Ainda é cedo para fazer qualquer previsão sobre a evolução da epidemia e sobre sua letalidade. A letalidade global atual está em torno de 0,8%, próxima da taxa de uma epidemia sazonal de influenza. Porém, como esse é um novo vírus, e portanto instável, novas mutações são muito prováveis, e podem alterar a sua virulência, em qualquer direção.

Outro aspecto que se tem observado é que como é um vírus novo, em princípio todos são suscetíveis. Porém, a observação da distribuição dos casos confirmados (em 25/05/2009, já somavam mais de 11.000) por faixa etária, aponta para uma predominância na faixa entre 20 e 50 anos. Especulou-se que anticorpos contra outras cepas de influenza A (H1N1) pudesse conferir algum tipo de proteção contra o novo vírus. Porém, o CDC (Centers for Disease Control and Prevention) fez um estudo em que ficou demonstrado que os anticorpos contra outros vírus influenza não conferem proteção específica contra o novo influenza A (H1N1).

Por outro lado, pode-se argumentar que a redução de co-circulação de várias cepas de vírus influenza pode potencializar a ocorrência de mutações virais, o que deveria ser evitado. Assim, no hemisfério sul particularmente, em que está começando a estação da influenza sazonal, é importante intensificar os esforços para uma cobertura vacinal o mais ampla possível.

Um outro aspecto que é fundamental para a reflexão nesses dias de pandemia iminente, é a questão da vigilância de influenza. A preparação para influenza pandêmica ocorre de forma mais efetiva quando a vigilância de influenza ocorre de forma eficiente em condições habituais. Atualmente, no Brasil, a vigilância de influenza ocorre em unidades sentinelas, que têm o objetivo primário de identificar os subtipos virais em circulação no Brasil. Assim, a intensificação e ampliação da vigilância epidemiológica da influenza é uma das medidas básicas hoje em dia, com inclusão de novos centros com capacitação para o diagnóstico viral e com condições de biossegurança para tratamento dos casos.

Ainda, o aspecto relacionado à biossegurança hospitalar merece uma atenção especial de nossa parte. O primeiro caso brasileiro, ocorrido em um jovem egresso do México, ocorreu no Rio de Janeiro. Esse paciente foi adequadamente isolado e tratado no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ. Ele pôde ser atendido em condições ideais de isolamento respiratório devido a um esforço grande que aquele hospital realizou nos últimos dez anos para a implementação de medidas de biossegurança para o controle da tuberculose hospitalar, incluindo obras de engenharia como quartos de isolamento com pressão negativa e equipados com filtros de padrão HEPA. Esse episódio é um estímulo também para o nosso hospital, no sentido de priorizar a discussão em torno da biossegurança hospitalar com a devida urgência a que um nível 5 de pandemia iminente nos remete!!!


Note que as informações aqui disponibilizadas são de caráter complementar, não substituindo, em hipótese alguma, as visitas regulares ao médico ! Evite a auto-medicação, consulte, sempre, um profissional devidamente capacitado !
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