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O conceito de vigilância hospitalar tem se fortalecido no contexto das várias práticas de vigilância em saúde hoje existentes no âmbito dos hospitais, indo além da vigilância epidemiológica e da vigilância das infecções hospitalares.
Embora reconhecendo o papel fundamental da epidemiologia no exercício da vigilância em saúde no âmbito hospitalar, entendemos que esta vigilância também incorpora métodos advindos de outras áreas, como planejamento, ciências sociais e tecnologia da informação. Portanto, o termo vigilância hospitalar é adequado, e agregador.
A percepção da necessidade de um novo modelo de vigilância cresce entre as equipes das diversas vigilâncias hospitalares. Alguns autores discutem a necessidade e a possibilidade de exercitar melhor diálogo, descobrir novas formas de integração das práticas, com trabalhos integrados e de colaboração, sobretudo frente à volumosa demanda de coleta de dados através de busca ativa e investigação epidemiológica.
Neste sentido, a experiência de integração de vigilâncias no estado do Rio de Janeiro (RJ) no nível da rede própria estadual, através da estrutura de Núcleo de Vigilância Hospitalar (N.V.H.), e a adaptação mais recente proposta pelo Hospital dos Servidores do Estado (H.S.E.), da rede federal, acrescentam um novo olhar a essa discussão. A estrutura do N.V.H. no âmbito das unidades hospitalares estaduais do RJ foi regulamentada pela Resolução SES n° 1.834 de 03/07/2002.
O N.V.H. do H.S.E. foi criado em 2005 para assessorar a Direção Geral e coordenar as ações de vigilância em saúde no H.S.E.; tem como objetivo "melhorar a qualidade da assistência e a relação custo-benefício das ações desenvolvidas" no hospital e fundamenta suas atividades em quatro eixos básicos: sistema de informação em saúde; planejamento e assessoria; acompanhamento, monitoramento e avaliação; e vigilância epidemiológica1. Envolve o Serviço de Epidemiologia, a Gerência de Risco Sanitário-Hospitalar, a Comissão de Controle de Infecções Hospitalares, o Serviço de Saúde do Trabalhador, a Comissão de Revisão de Óbitos, a Comissão de Revisão de Prontuários e a Comissão de Meio Ambiente/Gerência de Resíduos.
Apesar da variedade de nomes e definições, esses núcleos e comissões têm em comum a incorporação de técnicas epidemiológicas aplicadas aos serviços de saúde na investigação e na analise sistemática da situação de saúde da população atendida, viabilizando um maior e melhor uso dos dados hospitalares e permitindo a identificação de prioridades nos serviços. Possibilitam, assim, uma mais rápida operacionalização da vigilância entendida como informação para ação, e ação ágil desde o primeiro nível da sua demanda.
A recente pandemia de influenza A (H1N1), a epidemia de dengue de 2008 e os grandes desafios no controle da tuberculose hospitalar são exemplos de problemas que provocam grande impacto nas atividades dos hospitais. Certamente esses desafios são mais bem enfrentados através de ações integradas. O N.V.H. é uma delas.
P.T./H.S.E./M.S. Nº 337/05 (B.S.E. Nº 28/2005), republicada P.T./H.S.E./M.S. Nº 274/07 (B.S.E./Nº 23/2007).
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