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Hoje, em 2010, estamos atravessando uma era de transição bem mais complexa do que havíamos imaginado há cerca de meio século atrás, quando se vislumbrou um futuro livre de doenças infecciosas em uma previsível transição epidemiológica para o reino das doenças crônicas.
Estamos mesmo em meio a uma transição do planeta, em que as mudanças climáticas, ainda imprevisíveis no seu desfecho, impõem uma realidade vivida cotidianamente.
Como exemplo, podemos citar a leptospirose, uma doença que vem sendo considerada como um problema global de saúde pública. Epidemias de leptospirose ocorreram recentemente em países tão distantes entre si como Nicarágua, Brasil e Índia (Vijayachari, 2008). Porém a elevação das taxas de incidência de leptospirose tem sido observada tanto em países em desenvolvimento como desenvolvidos. No Brasil, no triênio 2007-2009 houve a notificação de 9.838 casos confirmados (Ministério da Saúde, 2010). No triênio 2004-2006 foram 11.098 e no triênio 2001-2004 foram 9.477 casos confirmados.
Os estados do sudeste e do sul foram os que mais notificaram, sendo o estado de São Paulo o que apresenta o maior registro de casos.
Em face desses desafios a Epidemiologia é chamada a assumir um papel central na organização da Vigilância Epidemiológica dos agravos associados aos desastres naturais, como inundações, terremotos, furacões, e outros fenômenos naturais ligados a atual transição climática. Porém, essa organização inclui ainda análises de risco e vulnerabilidade de populações, e rápida mobilização para estabelecimento de salas de situação em momentos de emergências e desastres.
Recentemente, a epidemia de influenza A H1N1 trouxe a reflexão sobre a necessidade de caminharmos ainda mais no sentido de uma estrutura de Vigilância Epidemiológica ainda mais ágil e complexa, da qual os CIEVS (Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) são ainda uma forma em evolução.
Essa estrutura certamente inclui a intercessão de vários níveis de Vigilância, como Vigilância Ambiental, Vigilância de fatores de risco populacionais, como migrações e articulação entre os diferentes níveis de atenção. Esses são desafios presentes. O avanço no sentido de uma ampla estrutura de Vigilância Epidemiológica porém certamente passa pelo exercício diário de uma Vigilância Epidemiológica local bem estruturada.
Referências:
Vijayachari, P; Sugunan, AP; Shriram, NA. Leptospirosis: an emerging global public health problem. J. Biosci. 33(4):557-569. 2008.
Ministério da Saúde.
www.saude.gov.br/sinanweb, acessado em 12/02/2010.
MISSÃO DO SERVIÇO DE EPIDEMIOLOGIA
Contribuir para prevenção e controle das doenças, formação de recursos humanos em saúde e avaliação da qualidade da assistência prestada no HSE.
VISÃO DE FUTURO
Tornar-se um centro de pesquisa, ensino e avaliação de serviços de saúde.
PRINCÍPIOS
Ética, Transparência, Eficiência, Solidariedade, Probidade e Trabalho em Equipe.
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