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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO 38

POLIFARMÁCIA NO IDOSO: UM ESTUDO PILOTO EM PACIENTES DO SERVIÇO DE GERIATRIA DO HSE

¹Padilha, K. L., R.M.; 2Pereira, A.G.L.; 2Escosteguy, C.C.;2Matos, H.J.; 3Ferreira, C.S.M.N.; 3Chaves, S.M.C.
¹Residência em Saúde Coletiva/IESC/UFRJ; ²Serviço de Epidemiologia/Hospital dos Servidores do Estado; ³Gerência de Risco Hospitalar/Hospital dos Servidores do Estado
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INTRODUÇÃO: A polifarmácia é habitualmente definida como o uso de muitos medicamentos simultaneamente e, nos idosos, constitui uma situação habitual. É descrita como um fator preditor positivo em relação ao tempo de internação, reinternação e mortalidade. O conceito permanece controverso. Carlson1  utiliza como definição o uso de pelo menos uma medicação considerada como não necessária ou o aumento de medicações considerando para tal cinco ou mais associações.

OBJETIVO: Avaliar a ocorrência de polifarmácia no ambulatório de geriatria do Hospital dos Servidores do Estado (HSE) num mês de atendimento, utilizando o conceito de classificação de Carlson1 (cinco ou mais associações medicamentosas), visando a sensibilização do serviço para a melhoria do atendimento deste paciente de forma a minimizar os problemas advindos com a farmacoterapia.

METODOLOGIA: Estudo descritivo de uma série de casos, amostrados por conveniência, atendidos pelo Serviço de Geriatria do HSE no mês de setembro de 2009. Foram revistos os prontuários dos pacientes, sendo coletados dados de identificação, informações sobre o diagnóstico no momento da consulta e os medicamentos prescritos na última consulta do mês. Os dados foram processados e analisados em banco de dados do Epi Info 2000.

RESULTADOS: Foram atendidos 107 pacientes no Serviço de Geriatria do HSE em setembro de 2009. Dos 83 prontuários disponíveis, todos os pacientes eram maiores de 60 anos, critério para atendimento no referido serviço, sendo 73,5% mulheres e 26,5% homens. Destes prontuários, 46 não apresentavam as informações requeridas para este estudo; dos problemas encontrados, 8 prontuários apresentavam letra ilegível no atendimento do mês, 26 não tinham o registro do atendimento, em 9 faltavam informações relevantes para pesquisa e 3 pacientes não compareceram à consulta de setembro. Estes casos foram excluídos da análise.

Dos 37 pacientes avaliados, 71,8% tinham até 5 medicamentos prescritos no atendimento do mês de setembro e 28,2% mais de 5. A maior freqüência de pacientes está incluída no grupo dos que fazem uso de 5 medicamentos (20,5%). Considerando o conceito de classificação de polifarmácia de Carlson1, verificamos que 48,7% dos pacientes são polimedicados.

Gráfico 1. Distribuição de pacientes atendidos no Serviço de Geriatria/HSE, segundo número de medicamentos prescritos em setembro/2009


Gráfico 2. Freqüência de classes de medicamentos.



CONCLUSÕES: Apesar das limitações, os resultados deste estudo apontam para a ocorrência de polifarmácia na amostra de pacientes atendidos. Estes resultados não podem ser generalizados a todos os pacientes do Serviço de Geriatria, tendo em vista a amostra utilizada e a ausência de informações em alguns prontuários. Para este tipo de pesquisa a melhor metodologia seria a aplicação de questionários com os usuários do serviço.  Ainda assim, cabe a reflexão sobre a real necessidade da polifarmácia em pacientes idosos. Em algumas situações, a mudança de hábitos alimentares, a prática de exercícios e a inclusão social do idoso, por exemplo, podem ser tão efetivos como o uso de um fármaco.

1Carlson JE. Perils of polypharmacy: 10 steps to prudent prescribing. Geriatrics. 1996;51(7):26-35. 

 

Note que as informações aqui disponibilizadas são de caráter complementar, não substituindo, em hipótese alguma, as visitas regulares ao médico ! Evite a auto-medicação, consulte, sempre, um profissional devidamente capacitado !
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