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A biossegurança pode ser definida como um conjunto de procedimentos que visam controlar ou evitar os riscos à saúde individual e coletiva provocados por agentes químicos, físicos e biológicos; é um processo fundamental nas unidades de saúde. Entre as normas de biossegurança estão a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs), a manutenção da limpeza do local de trabalho e a higienização das mãos. A sua adoção implica na redução geral de riscos à saúde e de acidentes ocupacionais, protegendo usuários e profissionais.
A questão da exposição ocupacional e o conceito de biossegurança foram introduzidos pela comunidade científica a partir da década de 70, com foco, inicialmente, nos trabalhadores dos laboratórios de análise de material biológico, a partir da incidência, nestes profissionais, de doenças como a tuberculose e hepatite B. No caso da tuberculose, estudos ainda realizam inquéritos tuberculínicos para avaliar o risco de infecção da doença em profissionais de saúde.
No Brasil a discussão da biossegurança tem envolvido duas vertentes: a que trata das questões relacionadas a manipulação de DNA e pesquisas com células-tronco embrionárias, tendo como normatização a lei nº 11.105/2005; e a desenvolvida principalmente nas instituições de saúde e que envolve os riscos por agentes químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais.
Apesar de sua importância, em grande parte das unidades de saúde negligenciam-se normas de biossegurança, como, por exemplo, a não utilização dos EPIs. Em muitos locais as condições de trabalho dos profissionais de saúde são insatisfatórias, devido a problemas de organização, deficiência de recursos humanos e materiais e ambiente inadequado, expondo os profissionais a riscos ocupacionais.
A Norma Regulamentadora nº 32 (NR 32) do Ministério do Trabalho e Emprego, que trata da Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde, representa um instrumento legal de proteção aos trabalhadores, ao estabelecer diretrizes para implementação de medidas de proteção à saúde e segurança dos profissionais de saúde.
Nos hospitais, um dos órgãos responsáveis pela instituição das medidas de controle é a Comissão de Controle da Infecção Hospitalar (C.C.I.H.). No H.F.S.E., a C.C.I.H.). disponibiliza o Manual de Rotinas para Prevenção de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde que enfatiza a importância de estratégias para garantir que pacientes, profissionais da saúde e visitantes sejam orientados quanto às medidas de biossegurança e sobre sua responsabilidade em aderir às mesmas. Essas medidas começam pela higienização de mãos, e incluem as chamadas precauções padrão e as precauções baseadas na forma de transmissão para determinados patógenos que exigem medidas adicionais. Essas medidas adicionais envolvem precauções com aerossóis (ex. tuberculose pulmonar ou laríngea, varicela, sarampo); precauções com gotículas (ex. meningite meningocócica ou por hemófilo, algumas infecções virais); e precauções de contato (ex. infecções de pele, entéricas, infecção ou por microorganismos multirresistentes como MRSA e V.R.E.).
No H.F.S.E., o Serviço de Saúde do Trabalhador e o Serviço de DIP têm papel fundamental no atendimento aos profissionais de saúde com exposição a material biológico e enfatizam a importância da prevenção.
Considerando-se essas informações e o fato de que os trabalhadores da área da saúde se encontram em permanente contato com agentes biológicos, é fundamental a observância dos princípios de biossegurança, prevenindo os acidentes de trabalho e promovendo a saúde dos pacientes e dos profissionais envolvidos no seu cuidado.
MISSÃO DO SERVIÇO DE EPIDEMIOLOGIA
Contribuir para prevenção e controle das doenças, formação de recursos humanos em saúde e avaliação da qualidade da assistência prestada no H.F.S.E.
VISÃO DE FUTURO
Tornar-se um centro de pesquisa, ensino e avaliação de serviços de saúde.
PRINCÍPIOS
Ética, Transparência, Eficiência, Solidariedade, Probidade e Trabalho em Equipe.
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