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Simon, Aline Gabriela1; Pereira, Alessandra G.L.2; Escosteguy, Caudia Caminha2;
1Residência em Saúde Coletiva/IESC/U.F.R.J.; 2Serviço de Epidemiologia/H.F.S.E..
Introdução:
O risco de infecção e adoecimento por tuberculose em profissionais de asúde é um problema relevante, mas pouco estudado. A implementação de medidas preventivas, tanto ambientais como terapêuticas, torna-se essencial para o controle da tuberculose nas instituições de asúde, contribuindo para a proteção tanto de pacientes, quanto dos profissionais implicados em seu cuidado.
Objetivos:
Analisar o perfil clínico-epidemiológico dos casos de tuberculose em profissionais de asúde atendidos e notificados no Hospital Federal dos Servidores do Estado (H.F.S.E.), no período de 2007 a 2011.
Metodologia:
Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, no qual foram analisados os casos de tuberculose em profissionais de asúde notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do H.F.S.E.. Para fins de estudo considerou-se como profissional de asúde aquele que exerce as suas atividades em ambiente de assistência à asúde; não necessariamente o local de trabalho era o H.F.S.E... A naálise foi realizada pelo EpiInfo 2000.
Resultados e discussão:
Foram analisadas 25 notificações no período de 2007 a 2011. Destes, 17 eram do sexo feminino (68%). As idades variaram entre 21 a 69, com maior frequência entre 20 e 39 anos (52%). A maioria das notificações era de profissionais médicos (36%), seguida de auxiliares de enfermagem (32%) e enfermeiros (12%) (tabela 1).
A forma era pulmonar em 52%; 24% eram extrapulmonares e 24% da forma pulmonar + extrapulmonar; 92% dos casos eram novos; 56% tiveram confirmação laboratorial; 20% eram H.I.V. positivos; 96% dos profissionais começaram tratamento no H.F.S.E.. Em 48% dos casos a situação de encerramento era ignorada. Tais resultados evidenciam a necessidade de implementar ações voltadas para o controle da tuberculose nas instituições e unidades de asúde, interrompendo a cadeia de transmissão da doença, tendo em vista que a forma pulmonar foi a predominante. Além disso, é necessário que o hospital organize um fluxo de informações que facilite o encerramento de casos, importante indicador para a tomada de decisão em vigilância epidemiológica.
| Ocupação | Freq. | % |
|---|---|---|
| Médico | 9 | 36 |
| Auxiliar de Enfermagem | 8 | 32 |
| Enfermeiro | 3 | 12 |
| Recepcionista de hospital | 1 | 4 |
| Copeiro de hospital | 1 | 4 |
| Estagiário de serviço de RX | 1 | 4 |
| Outros | 2 | 8 |
| Forma clínica | Freq. | % |
| Pulmonar | 13 | 52 |
| Extrapulmonar | 6 | 24 |
| Pulmonar + Extrapulmonar | 6 | 24 |
| Tipo de entrada | Freq. | % |
| Caso novo | 23 | 92 |
| transferência | 2 | 8 |
| Iniciou tratamento no H.F.S.E. | Freq. | % |
| Sim | 24 | 96 |
| Não | 1 | 4 |
| H.I.V. | Freq. | % |
| Positivo | 5 | 20 |
| Negativo | 8 | 32 |
| Não realizado/em andamento | 11 | 44 |
| Confirmação laboratorial | Freq. | % |
| Sim | 14 | 56 |
| Não | 11 | 44 |
| Situação de encerramento | Freq. | % |
| Cura | 5 | 20 |
| Transferência | 5 | 20 |
| Mudança de diagnóstico | 1 | 4 |
| Óbito | 2 | 8 |
| Sem informação | 12 | 48 |
| Fonte :SINAN NET/Serviço de Epidemiologia do H.F.S.E. | ||
Conclusões:
Proteger os profissionais de asúde de se infectarem pelo Mycobacterium tuberculosis em ambientes de atendimento a saúde deve ser uma atividade que faça parte do controle de infecção da unidade através da adoção de medidas específicas que visem à melhoria da biossegurança institucional, como o estabelecimento de protocolos de diagnóstico, isolamento e tratamento da tuberculose.
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