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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO 42

ESTRATÉGIAS DE BIOSSSEGURANÇA NO ATENDIMENTO INICIAL AO SUSPEITO DE TUBERCULOSE PULMONAR NO H.F.S.E.

Scaf, Cristiane1; Teixeira, July1; Alves, Thayanna1; Encinas, Veneranda1; Escosteguy, Claudia Caminha2; Braga, Ricardo C. C.2; Pereira, Alessandra Gonçalves Lisbôa; 2
¹Internato de Medicina da Universidade Estácio de Sá; ²Serviço de Epidemiologia/H.F.S.E..

Introdução:

    A tuberculose é uma doença crônica, negligenciada, transmitida pela tosse, fala ou espirro de pacientes bacilíferos (formas pulmonar e laríngea). A identificação precoce do sintomático respiratório permite o diagnóstico e o início do tratamento de forma oportuna. Em instituições de asúde, o atendimento a este grupo de pacientes merece atenção diferenciada pelo potencial de disseminação de aerossóis contendo o bacilo, o que determina a necessidade de instituição de medidas oportunas de controle: medidas administrativas, medidas de controle ambiental e medidas de proteção individual.

Objetivos:

    Discutir as estratégias de biossegurança adotadas na abordagem inicial a três pacientes com suspeita de tuberculose pulmonar atendidos no Hospital Federal dos Servidores do Estado (H.F.S.E.).

Metodologia:

    Estudo descritivo desenvolvido a partir do relato de três casos suspeitos de tuberculose notificados pelo Serviço de Epidemiologia do H.F.S.E. em março de 2012. Foi realizada revisão dos três prontuários e foram colhidas informações com os pacientes e médicos assistentes.

Resultados e discussão:

    A tabela 1 apresenta as principais características dos três casos selecionados para naálise. Os pacientes eram sintomáticos respiratórios no momento da admissão no hospital de forma que nas três situações deveriam ter sido tomadas as precauções recomendadas pelo Ministério da Saúde. No entanto observa-se que nos casos 1 e 2 houve falha na adoção das medidas de biossegurança adequadas. A paciente 1 permaneceu em ambiente fechado com outros pacientes e os profissionais não utilizaram as máscaras N95 ao abordá-la. Na segunda situação, a despeito de um quadro clínico sugestivo desde o momento da admissão, só houve suspeita de tuberculose por parte da equipe assistente a partir do 1º dia de internação. Durante todo este período não houve adoção de medidas de biossegurança adequadas. Posteriormente, o caso foi confirmado laboratorialmente e o tratamento instituído. As medidas de biossegurança foram adotadas tardiamente. Para a paciente 3 foram adotadas as precauções recomendadas pelo Ministério da Saúde desde a admissão, com a ressalva de que o quarto de isolamento não preenchia todos os critérios estabelecidos.

Conclusões:

    A análise dos casos selecionados expõe, por um lado, a necessidade de sensibilização dos profissionais do H.F.S.E. quanto à importância das medidas de biossegurança frente ao paciente sintomático respiratório. A adoção dessas medidas em unidades de asúde é fundamental para garantir a proteção dos profissionais de asúde e pacientes. Por outro lado, a disponibilização adequada de quartos de isolamento respiratório é essencial.

H.F.S.E. março 2012. Existe um nível de cabeçalho para colunas e um nível de cabeçalho para linhas.">
Tabela 1: Características dos 3 casos com suspeita de tuberculose pulmonar estudados, H.F.S.E. março 2012.
Característica Caso 1 Caso 2 Caso 3
Sexo Feminino Feminino Feminino
Idade 59 anos 54 anos 49 anos
Sintmático respiratório no momento da admissão Sim Sim Sim, com história prévia de tuberculose
Comorbidade Lupus eritematoso sistêmico Artrite reumatóide Neoplasia
Data da suspeita da tuberculose Dia 1 Dia 15 Dia 1
RX tórax Suspeito Suspeito Suspeito
BAAR escarro Solicitado no dia 2
Negativo
Solicitado no dia 15
Negativo. L.B.A.* positivo
Solicitado no dia 1
Positivo
Isolamento respiratório Não Sim, após suspeita Sim
Profissionais com máscara N95 Não Sim Sim
Sorologia anti-HIV Negativo Não solicitado Negativo
Diagnóstico de tuberculose Descartado Confirmado, em tratamento Confirmado, tratamento iniciado mas evoluiu com óbito por outra causa
*Lavado broncoalveolar

 

 

Note que as informações aqui disponibilizadas são de caráter complementar, não substituindo, em hipótese alguma, as visitas regulares ao médico ! Evite a auto-medicação, consulte, sempre, um profissional devidamente capacitado !
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