Você está em: Home >>>> Profissionais de Saúde >>>> EPIDEMIOLOGIA >>>> Produção Científica >>>> Trabalho 2 Hospitalar
( Estudo apresentado no LV Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2000 )
Claudia C. Escosteguy, Marciano A. Carvalho, Roberto A. Medronho, Luiz Maurino Abreu e Mario Ypiranga M. Filho
Serviços de Cardiologia e de Epidemiologia / Hospital dos Servidores do Estado / MS, Rio de Janeiro, RJ Núcleo de Estudos de Saúde Coletiva / UFRJ, Rio de Janeiro, RJ
Não está claro o impacto da era trombolítica sobre a incidência e implicações dos distúrbios de condução associados ao infarto agudo do miocárdio (IAM).
analisar a incidência e a letalidade hospitalar dos bloqueios de ramo esquerdo (BRE), direito (BRD) e bifascicular e do bloqueio atrioventricular total (BAVT) no IAM da era trombolítica no Rio de Janeiro.
Estudo observacional de uma coorte de 929 casos consecutivos, não selecionados, de IAM de 1987 a 1992. A estimativa da odds ratio (OR) da incidência dos bloqueios e da letalidade foi feita através de análise multivariada por regressão logística.
A incidência dos bloqueios foi: BRE=2,3%; BRD (isolado)=1,5%; bloqueio bifascicular=3,5%; BAV 2o Mobitz I=1,8%; BAV 2o Mobitz II=1,8%; BAVT=4,5%. Uma maior chance de incidência de bloqueio de ramo (analisados em conjunto) esteve associada ao sexo masculino (OR=1,9 IC95%=1,0-3,4), idade acima de 70 anos (OR=2,3 IC95%=1,3-4,0), localização anterior do infarto (OR=2,9 IC95%=1,7-5,0) e insuficiência ventricular esquerda (OR=1,9 IC95%=1,0-3,7). As variáveis associadas a uma maior incidência de BAVT foram a localização inferior do infarto (OR=2,6 IC95%=1,3-5,2) e a presença de choque cardiogênico (OR=3,9 IC95%=1,4-10,7). O percentual de uso de trombolítico foi 19,3% e associou-se a uma tendência não significativa de menor ocorrência de bloqueio de ramo (OR=0,7 IC95%=0,3-1,4) e de maior ocorrência de BAVT (OR=1,4 IC95%=0,7-3,1), também não significativa. A letalidade hospitalar associada aos bloqueios foi: BRE=38,1%; BRD=21,4%; bifascicular=33,3%; BAVT=45,2%. A presença de bloqueio de ramo (OR=2,5 IC95%=1,1-5,3) e a de BAVT (OR=13,6 IC 95%=5,4-34,0) associaram-se a uma chance elevada e independente de óbito hospitalar, estimada através de modelo logístico que controlou variáveis de gravidade, complicações e uso de trombólise.
Nesta população da era trombolítica, os bloqueios de ramo e o BAVT permaneceram associados a um risco elevado e independente de óbito hospitalar no IAM.
Design e Desenvolvimento: Equipe de Desenvolvimento Web do C.P.D.